31/12/2008

Fim de uma era, início de outra...


Retrospectiva
Isabella, Obama, eleições municipais, Madonna, Britney Spears, Machado de Assis, Guimarães Rosa, Eloá, catástrofes, furacões, tornados, Santa Catarina, solidariedade, Olimpíadas, Paraolimpíadas, China, César Cielo...palavra puxa palavra e com estas relembro alguns nomes que fizeram parte das rodas de conversa esse ano em que estive presente.
2008 foi um ano inesquecível, realmente, não podemos deixar de esquecer grandes nomes que fizeram a diferença nos cenários nacional e internacional. Mas neste último dia do ano, pergunto o que mudou em cada um? Fomos mais companheiros, mais irmãos, pregamos a paz que todos gostam de pregar principalmente no dia do Réveillon com roupas brancas? No dia seguinte, estando ou não de ressaca, ignoramos nossos irmãos na rua, brigamos por besteiras a fim de atender interesses e necessidades imediatas. Pense em 2009 o que fazemos a cada dia para melhorar a nossa convivência em sociedade [capitalista ou não] e repensemos cada atitude.

...sem retrocesso
Permitam-me que deixe registrado o que mudou em 2008 em minha vida. Principal destaque: formado em jornalismo. O sonho se tornou realidade. Agora a responsabilidade apenas aumenta, mas ainda sou a mesma pessoa, porém com pensamentos e visão de mundo diferentes. Um colega certo dia teve a audácia de me falar. “Quando ficar famoso não vá esquecer dos amigos”. O que é ser jornalista? É uma profissão pra ficar famoso? Não, absolutamente. O conceito de “ser famoso” vai muito além de ser um jornalista reconhecido. Afinal, “não é preciso ser jornalista para ter estilo, é preciso ter estilo pra ser jornalista”, e estilo eu tenho e soube desenvolver durante o curso e toda a carreira ainda vou desenvolvê-lo, pois a vida é um constante aprendizado.
O TCC ocupou grande parte de minha mente e de minha parceira durante o ano. Falando por mim, a responsabilidade de retratar e provar que Machado de Assis atuou como jornalista no século XIX não foi tarefa fácil. No entanto, os melhores trabalhos são feitos e concluídos com algumas barreiras que são superadas com jogo de cintura e, simplesmente, fome de conhecimento e vontade de vencer.
Troquei fins de semana de 2008 por horas constantes na internet desenvolvendo o trabalho de conclusão. E valeu a pena. Hoje vejo mais do que nunca que 2008 não foi um ano perdido. Pelo contrário: ganhei em conhecimento, em amizades, em contatos profissionais e, também, reconhecimento por quem realmente percebeu o quanto me esforcei. O melhor de mim eu fiz em 2008 e minha expectativa para 2009 é a mesma: cumprir o que prometo, realizar sonhos, fazer parcerias de sucesso e, é claro, postar neste blog.

28/12/2008

Um circo para gente grande



Posto este texto ouvindo “Circus”, último álbum de Britney Spears, que a julgar pela sonoridade me atraiu muito mais do que os outros trabalhos da “princesinha do pop”. Não há como negar que a estrela acertou ao colocar “Womanizer” como hit de abertura do disco e também primeiro single de lançamento do trabalho.
“Womanizer”, ao meu ver, chega a ser repetitivo por muito tempo em seu chorus, mas nada que mude o estilo adotado por Britney em sua carreira pop. “Womanizer” é um hit doce e que grudou fácil na boca dos fãs como chiclete. E coisas doces existem na vida, assim como em qualquer circo que nos deliciamos com várias doçuras.
Backing Vocals mecânicos já são marcas de Britney e não poderiam faltar no CD de Britney. Eles estão presentes com pouco ou muito uso em “If U seek Amy”, “Unusual You”, “Mmm Papi” e “Radar”, que vem [repetida] como bônus track e em nova versão.
A julgar pelas traduções das músicas, prefiro que cada um as procure. A impressão que fica é que a colegial de “Baby one more time” atacou desta vez como “a mocinha do arame”. Sua temática sensual [e sexual] continua em um picadeiro que não há fronteiras para explorar assuntos como a famosa posição “papai e mamãe” em “Mmm Papi”.
“Circus” é um disco que deve ser explorado por Britney em sua totalidade. Deve ser utilizado como instrumento de ascensão da princesinha que passou por um grave período de queda de vendagem de CDs, problemas judiciais e um verdadeiro circo dos horrores. Que seu “Circus” proporcione alegrias aos fãs e também consiga muitos aplausos pelas turnês pelo mundo.

27/12/2008

O eterno Capital



Não podemos julgar as pessoas pela cor e nem pelo modo de se vestir, mas também não podemos medir pelo jeito com que fala com o público mesmo que utilize palavras de baixo calão em alguns intervalos e se impressione com a quantidade de fãs que lotam o espaço reservado para o show. Esse conceito que formulei após sair de um show do Capital Inicial dentro da turnê “Multishow ao vivo”, a mais recente da banda liderada pelo vocalista Dinho Ouro Preto.
Um grande palco com cenário quente. Quente pelas ilustrações que remetem a um verdadeiro show de rock e quente pelas suas letras e também pelas labaredas que escapam em mais um efeito especial preparado para levar os fãs ao delírio. Eles [os fãs] querem sempre mais. E Dinho atende. Sua capacidade para entreter o público é muito grande e faz com que o coro de pessoas levante as mãos e remeta todos lembrarem de seus primeiros erros mesmo que seus corpos e mentes virem sol.
Eles [os integrantes] vêm de uma época de que os jovens procuravam independência e conseguiram esse direito. Com ou sem olhos vermelhos, acompanhados até hoje da Natasha sob a proteção de Fátima, Dinho e os integrantes que compõem o Capital Inicial conquistaram seu público fiel e prometem muita música urbana por gerações e gerações.

25/12/2008

The Madonna’s Game


Madonna foi embora do Brasil. Ela ficou em terras tupiniquins tempo suficiente pra deixar fãs e pseudo-fãs ensandecidos com a presença da estrela. Ela fez de tudo: beijou uma bailarina, cantou e dançou seus principais sucessos, vestiu uma camisa da seleção brasileira com o seu nome e o número 10, oferecida pelo governador do Rio de Janeiro durante a passagem da cantora pela terra carioca.

Rain! Feel it on my finger tips
Hear it on my window pane
Your love is coming down like
Rain! Wash away my sorrow
Take away my pain
Your love's coming down like, rain

A chuva foi a grande inimiga de Madonna. Nos dois Estados em que ela esteve as lágrimas das pessoas que não conseguiram comprar ingressos, ou não puderam ir (como eu) por inúmeros motivos justificáveis, foram representadas pelas águas mandadas por São Pedro e cia. E a chuva alagou Sampa. A terra da garoa fez jus ao nome em tempos de aquecimento global.

We only got 4 minutes, 4 minutes
Tick tock tick tock tick tock


Madonna distribuiu em blocos as músicas de toda a sua carreira em “Sticky and Sweet”, a turnê mais bem produzida que já foi vista com canções de seu último álbum [Hard Candy] e de muitos outros. Linguagens do cinema estiveram presentes com músicas em vídeo, mas, acima de tudo mostrando que ela continua no topo.


O grande jogo de Madonna é mostrar como a vida pode ser prazerosa olhando sempre pelo lado bom de cada fator. Polêmicas são naturais, afinal, o que uma mulher com 50 anos não tem o que contar? Já foi crucificada, açoitada e elevada à rainha do pop. Título que não perde tão cedo.

21/12/2008

Traiu ou não traiu?

Reprodução Rede Globo











A Rede Globo está de parabéns pela minissérie “Dom Camurro” que retratou todo o sofrimento de Bentinho desde o primeiro capítulo. No entanto, apesar da emissora valorizar o texto de nosso eterno Machado de Assis (que não é o narrador da história), o foco das chamadas para a atração ficou na “traição ou não de Capitu”.
Claro que essa é a grande dúvida que prega a história, mas não deixemos de analisar também outros recursos visuais e literários presentes na obra. Por exemplo: Capitu é muito à frente de seu tempo na obra e até na minissérie, com destaque para uma tatuagem no braço da atriz, Letícia Persiles, que faz a Capitu moça.
Capitu em um momento fala para Bentinho “se fores padre vais realizar meu casamento? E batizar meu primeiro filho?”. É a prova de que a mulher do século XIX não quer ser mais submissa ao marido. A questão religiosa é colocada em xeque também, além da vida cultural no Rio de Janeiro que começa a desenrolar de forma fantástica na cidade.
Quem viu esta adaptação para a TV e não gostou certamente não leu a obra. Foi o que concluí. Eu vi e adorei. Acompanhei os capítulos com uma edição de Dom Casmurro nas mãos e os nomes e textos foram retratados fielmente. Outras pessoas com quem conversei também gostaram, mas tinham lido a obra. As que não gostaram nem do primeiro capítulo revelaram para mim que não leram o livro.
Dom Casmurro é ainda um dos maiores mistérios da literatura brasileira. Alguns ainda inocentam Capitu. Outras a culpam. Mas Bentinho também se mostra como culpado em algumas situações da trama. E a mãe que a todo custo o quer num seminário devido a uma promessa feita antes de nascer? Promessa paga pelo milagre atribuído aos santos.
“Capitu” deve ser o pontapé inicial para que mais diretores divulguem a obra de Machado de Assis e tantos outros clássicos e autores da literatura brasileira que merecem maior reconhecimento dos brasileiros do que os estudiosos de outros países. Machado hoje é mais conhecido pelas suas obras no exterior do que no próprio Brasil. Isso é bom, mas tem sempre um lado desta história que não é...