17/08/2008

Material Girl

Every little thing that you say or do
I'm hung up
I'm hung up on you
Waiting for your call
Baby night and day
I'm fed up
I'm tired of waiting on you


A “material girl” chegou a meio século de vida. Seu nome é Madonna Louise Veronica Ciccone, ou simplesmente Madonna para sua legião de fãs. Nasceu em Michigan (EUA), em 1958, e completou 50 anos. A Madonna que vemos hoje não é a mesma de quando começou a carreira. Grandes polêmicas marcaram sua trajetória assim como grandes fracassos em gravações, shows e vida pessoal.

I don't wanna hear, I don't wanna know
Please don't say you're sorry
I've heard it all before
And I can take care of myself

Mesmo assim, Madonna é única. Não existe xerox ou fotocópia. Muitas tentam imitar, é verdade, mas ninguém chega aos pés da rainha do Pop. Britney Spears já tentou, mas nem o beijo que selou a “passagem de bastão” às novas princesinhas do estilo (Britiney e Christina Aguilera) adiantou. Britney é, ao meu ver, uma cantora que não voltou a emplacar e agradar seus fãs e teve seus “4 minutes” com a grande exposição na mídia em que ficou drogada, alcoolizada e sem a guarda dos filhos. Mas a parceria Britney/Madonna em “Me against the music” foi interessante, admito.

All my people on the floor
Let me see you dance
Let me see ya


Comecei a gostar mais de Madonna a partir do disco American Life. Não nego. Foi um CD que me despertou para outros pensamentos. A faixa título tem uma crítica muito boa e é claro, uma polêmica por trás disto tudo. Não posso deixar de destacar Love Profusion, que tem um videoclipe muito bonito. Mas, depois despertei para as mais antigas como Beautiful Stranger, Frozen, Music, Rain, American Pie, entre outras.

Music makes the people come together
Music makes the bourgeoisie and the rebel

Depois chegou em minhas mãos o Confessions on a Dance Floor, uma raridade que pela faixa Hung Up por si só foi capaz de me fazer dançar nas melhores boates e festas que freqüentei dado também à explosão de todas as músicas, no sentido geral. O disco inteiro me dá a sensação de uma grande pista de dança com luzes, cores e, sobretudo, um mundo em que todas as pessoas são felizes por cantar, dançar, amar e se divertir.

You always love me more
Miles away


Madonna completa 50 anos bem sucedida. Mãe de família, dona de uma turnê que qualquer país deseja fechar shows em pelo menos 50% dos Estados para que muitos fãs vejam a rainha de perto. Ela está com novo CD (o Hardy Candy tem uma capa com estilo, por sinal) e parcerias de peso como Justin Timbarlake. A maneira de como cativa o público e os coloca pra dançar em tão pouco tempo, suas performances, bailarinos combinados com sua voz afinada e letras cada vez mais maduras e atuais mostram que ela está cada dia mais em forma. Madonna é como o melhor vinho de uma adega: quanto mais passa o tempo, melhor fica.

We only got 4 minutes to save the world

12/08/2008

A imprensa, a política e a Igreja Universal

Os livros de história nos relatam até hoje o poder da Igreja na época da Inquisição e até mesmo quando os padres rezavam a missa de costas para os fiéis em latim. Os tempos mudaram e com isso vieram a Reforma e a Contra-Reforma da Igreja, criando o chamado “protestantismo”, liderado por Martinho Lutero, em uma época que não havia a televisão, por exemplo. Nos 200 anos de imprensa brasileira, lembrados em 2008, muito temos o que comemorar, mas também o que “protestar”. Os meios de comunicação já foram chamados até de “quarto poder”, após executivo, legislativo e judiciário. Hoje em dia, o quinto poder voltou a ser a Igreja, mas a protestante, liderada pelos pastores da “Renascer” e da “Universal do Reino de Deus”, que monopoliza e mantém concessões de TV’s em todo o país, graças ao dízimo dos fiéis.
Os programas de TV’s evangélicos da madrugada recebem milhares de ligações do Brasil inteiro e pessoas que precisam de ajuda nos mesmos motes: dinheiro, amores, separações, filhos e violência doméstica. Tudo se tornou banal e basta colocar o copo de água para que o líquido seja abençoado pelo bispo, em troca uma porcentagem do salário mínimo brasileiro.
Parece-me que os canais de TV não cumprem o código de ética de difusão, que tanto fala em investir em programas educativos, jornalismo de qualidade e entretenimento para a família. O entretenimento virou sinônimo de banalização de casos “sem solução”, sexo, violência e corrupção.
A política também está presente nas esferas municipal, estadual e principalmente federal, com escândalos, desvios de verbas para saúde e educação, aumento de tarifas além das inúmeras Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPI’s).
Os comunicólogos da atualidade e os políticos também discutem mudanças na Lei de Imprensa, que segundo o governador de São Paulo, José Serra, é “um produto genuíno da época da ditadura”, se referindo a legislação, aprovada no século passado.
Com ou sem a Lei, em 200 anos de imprensa somos perseguidos por vários segmentos da sociedade por meio de comunicados, processos judiciais, prisões e torturas. Os estudantes devem mudar a visão do jornalismo e a forma como perseguem as pessoas que o desenvolvem.

07/08/2008

Beijing 2008

A capital chinesa composta pela população de olhinhos fechados, mas com a mente aberta para novas idéias em uma nação marcada pela diversidade de culturas e esportes que colocam o participante em contato com o “eu”, como o Tai Chi Chuan, será o destaque e o ponto de encontro das várias nações que vão participar das Olimpíadas, criadas brilhantemente pelos gregos.
Mas o que esperar destas Olimpíadas? Sucesso para os mais de 270 atletas da maior delegação de todos os Jogos? Claro. É o desejo do bom brasileiro que vai torcer pelos nossos atletas no solo, nas águas e no ar é de um ouro com nossa “prata da casa”.
Mais do que puramente esporte, os Jogos Olímpicos são uma oportunidade que as donas-de-casa, internautas e simples mortais têm para aprender sobre o país que já passou por anos de muito sofrimento e atualmente vive a glória de sediar os Jogos. Alguns se atrevem a dizer que japoneses e chineses “são todos iguais, afinal têm olhinhos puxados”.
Discordo desta frase. Se os olhos fossem determinantes para a identificação de um povo, o que seria do Brasil? A identidade tupiniquim é formada por vários olhos graças às imigrações, como a japonesa, que comemorou seu centenário neste ano. Em várias regiões vemos africanos, indígenas, alemães, chineses, japoneses, indianos, franceses, italianos e brasileiros “puros”.
Machado de Assis dizia que “a vantagem dos cegos é enxergar onde as grandes vistas não pegam”. Já que “uma imagem vale mais do que mil palavras” vamos fazer deste conjunto de cores, idéias, culturas e esportes a oportunidade de observar além do que é exibido. Perceber o que está oculto além do que nos é mostrado é o primeiro passo para diminuir preconceitos, racismos e enxergar o interior de cada ser – tenha olhos puxados ou não.