07/08/2008

Beijing 2008

A capital chinesa composta pela população de olhinhos fechados, mas com a mente aberta para novas idéias em uma nação marcada pela diversidade de culturas e esportes que colocam o participante em contato com o “eu”, como o Tai Chi Chuan, será o destaque e o ponto de encontro das várias nações que vão participar das Olimpíadas, criadas brilhantemente pelos gregos.
Mas o que esperar destas Olimpíadas? Sucesso para os mais de 270 atletas da maior delegação de todos os Jogos? Claro. É o desejo do bom brasileiro que vai torcer pelos nossos atletas no solo, nas águas e no ar é de um ouro com nossa “prata da casa”.
Mais do que puramente esporte, os Jogos Olímpicos são uma oportunidade que as donas-de-casa, internautas e simples mortais têm para aprender sobre o país que já passou por anos de muito sofrimento e atualmente vive a glória de sediar os Jogos. Alguns se atrevem a dizer que japoneses e chineses “são todos iguais, afinal têm olhinhos puxados”.
Discordo desta frase. Se os olhos fossem determinantes para a identificação de um povo, o que seria do Brasil? A identidade tupiniquim é formada por vários olhos graças às imigrações, como a japonesa, que comemorou seu centenário neste ano. Em várias regiões vemos africanos, indígenas, alemães, chineses, japoneses, indianos, franceses, italianos e brasileiros “puros”.
Machado de Assis dizia que “a vantagem dos cegos é enxergar onde as grandes vistas não pegam”. Já que “uma imagem vale mais do que mil palavras” vamos fazer deste conjunto de cores, idéias, culturas e esportes a oportunidade de observar além do que é exibido. Perceber o que está oculto além do que nos é mostrado é o primeiro passo para diminuir preconceitos, racismos e enxergar o interior de cada ser – tenha olhos puxados ou não.

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