30/05/2010

A saudade, sentir falta de algo ou seja lá o que for

Já escrevi sobre vários temas neste blog e na minha vida profissional, que vão desde os factuais até as grandes reportagens, passando pelos inúmeros gêneros que o jornalismo nos proporciona. Contei histórias, relatei grandes acontecimentos ou então relembrei coisas que talvez tenham saído da memória das pessoas.

Mas quando paro em certos momentos para pensar nos sentimentos que rodeiam todo esse universo me deparo muitas vezes com algumas barreiras, seja por vergonha de falar sobre o assunto ou até mesmo desconhecimento do que é ‘sentir algo por alguém’.

Hoje acordei pela manhã bem cedo mesmo após ter chegado de madrugada em casa depois de umas andanças pela noite litorânea. Até tinha vontade de agora pegar minha bike e sair rodando adoiado pelas ruas e avenidas em busca de alguém pra conversar, pra dar risada ou mesmo pra ouvir um desabafo e oferecer meu ombro amigo. Mas por alguns desencontros decidi permanecer sentado na cadeira do meu computador e escrever esse texto ao som de um bom rock melódico.

Saudade. Hoje quero falar sobre o que é sentir a falta de alguém. A saudade não necessariamente precisa caminhar lado a lado com a tristeza, mas a última muitas vezes se relaciona diretamente com a primeira. Não é a tristeza de cair em depressão, mas é a tristeza em talvez não ter o carinho da mãe que está distante, do beijo longo da namorada e do abraço do melhor amigo.

Eu já senti muito tipo de saudade. Saudade de quem eu conheci, abracei, beijei, trabalhei, estudei e até de quem eu ainda vou conhecer. Senti saudade de um show inesquecível que cantei todas as músicas, da atriz que entrevistei, do cantor que me agradeceu pela divulgação de seu trabalho, dos etílicos gelados nas noites quentes de verão, da balada que dancei até de manhã com os melhores amigos e que tudo ficou registrado na memória ou em fotografias.

Mas aprendi como amenizar a saudade e fazer com que aqueles momentos mais gostosos passados coletivamente ou individualmente voltem à tona.

Pegue seu álbum de fotos (no computador ou no armário), folheie página a página e tente se lembrar qual foi o momento e por que a fotografia foi tirada. Ligue para quem tem saudade. Não espere que a pessoa entre em contato com você (pode ser que ela pense o mesmo, na dúvida tome a atitude) e combine de se encontrar para sentar na calçada de uma rua, se divertir e relembrar bons momentos.

Se as pessoas que você gosta moram longe combine passeios periódicos cada hora em uma cidade. Isso mantém o elo da amizade sempre forte e, quando necessário, envie um e-mail para manter contato. Um simples “Bom dia” ou “Boa semana” ditos até pelo twitter podem mudar muita coisa.

Vem um grande feriado pela frente nesta semana. Que tal combinar algum programa diferente com um amigo? Fica a dica!