28/09/2008

100 anos sem (?) Machado


A literatura e a política, estas duas faces bem distintas da sociedade civilizada, cingiram como uma dupla púrpura de glória e de martírio os vultos luminosos da nossa história de ontem.
(O ideal do crítico)

Segunda-feira, 29 de setembro de 2008. Há exatamente 100 anos entrava para a história um dos, se não o maior gênio da literatura brasileira. Machado de Assis: Um gênio brasileiro como denomina o jornalista Daniel Piza em seu livro de mesmo nome, vendido pela editora Imprensa Oficial.
Muitas são as comemorações, mas poucos são os que realmente lêem Machado de Assis. “Eu li Dom Casmurro” ou “Eu já li Memórias Póstumas de Brás Cubas” fazem parte de muitas falas do cotidiano brasileiro dos ex-alunos de Ensino Médio que foram obrigados a ler suas obras para o vestibular. Mas, “os livros clássicos são chatos” como diriam muitos, então, Machado é “chato”?

Eu pertenço a uma família de profetas après coup, post factum, depois do gato morto, ou como melhor nome tenha em holandês. Por isso digo, e juro se necessário fôr, que tôda a história desta lei de 13 de maio estava por mim prevista, tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus dezoito anos, mais ou menos. Alforriá-lo era nada; entendi que, perdido por mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar.
(in Bons dias! Gazeta de Notícias)

Estão redondamente enganados. Quando se investiga a época em que determinado autor escreveu seus textos e sua essência passa-se a compreender as principais questões do tempo. Machado foi totalmente homem de seu tempo e de seu país. Escrevia, criticava e apontava os fatos do Século XIX como ninguém e também a transição do Império para a República.
Relações políticas, críticas culturais e muito jornalismo foram desempenhados pelo homem que saiu de agregado e se tornou o presidente, fundador e primeiro ocupante da cadeira número 23 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Era mulato, pobre e usou o jornalismo como forma de exercitar seus textos, ficar por dentro das questões de seu tempo e o que viria pela frente, além de poder pagar suas contas, como todo bom brasileiro.

Educar a mulher é educar o próprio homem, a mãe completará o filho
(in Jornal A Estação)

Fico contente que as pessoas estão redescobrindo Machado. Estão lendo mais o autor de Quincas Borba. Mas espero que o centenário faça com que mais pessoas leiam com vontade em descobrir e “devorar” o que há por trás de seus textos cheios de humor e sarcasmo. Livros estão sendo lançados, Machado apareceu mais na mídia neste ano do que os candidatos a prefeito e vereador dos municípios brasileiros.
É nesta segunda-feira...centenário de morte de Machado, mas Machado está morto? Não. Machado é imortal, está vivo em seus livros, crônicas jornalísticas e diversos textos que escreveu em vida. Descubra um pouco mais deste grande cidadão carioca que merece nossas mais sinceras homenagens.

Está morto: podemos elogiá-lo a vontade
(O empréstimo)

19/09/2008

15 minutes

Foi o tempo que durou para os ingressos “VIP” do último show extra em São Paulo se esgotarem definitivamente. Como em qualquer um país subdesenvolvido uns conseguiram e tiveram “capital” para tal e outros não...
PS: prometo que no próximo post não falo mais da Madonna, mas não tem como não comentar...

06/09/2008

the end

após postar neste blog tive a confirmação dos shows de Madonna no Brasil, iniciou a venda e os ingressos se esgotaram...
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