22/02/2011

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A natureza realmente é bondosa com a gente. Nós é que, vez ou outra, somos ingratos com ela. Tenho o privilégio de morar no litoral e ter em minha frente uma das suas maiores riquezas: o mar. Essa porção enorme de água salgada encanta os olhos das crianças que, pela primeira vez, darão o primeiro mergulho de suas vidas ou mesmo daquele turista que vive em uma imensidão de prédios e não tem em sua frente uma praia para admirar.

Pois em um domingo desses de verão em que a internet e a televisão perdem cada vez mais a minha audiência (ainda bem), decidi após o cochilo da tarde pegar minha bike, meu mp4, chave de casa e ir à praia por volta das 18h. Sim leitor, ainda era horário de verão. Sem pensar muito, fui a uma praia próxima da minha casa que estava com a bandeira verde e não pensei duas vezes: dei um belo mergulho.

Ao sair da água sentei na praia e fiquei de frente para aquela imensidão. A brisa fresca que passava pela minha pele nem me lembrou o calor infernal que passo neste verão, nem dos problemas diários, das contas pra pagar e inúmeros planos para fazer ainda neste ano.

Olhar pro mar e ouvir, entre o intervalo de uma música o outro, seu ruído quebrando na praia em cada onda simplesmente me transportou para um universo somente meu, em que tudo estava sob meu controle e era do meu jeito, responsável pelo equilíbrio de tudo.

Lembrei-me de bons e maus momentos em minha vida. Das dificuldades que enfrentei e venci, das vitórias que foram comemoradas, das derrotas que não me abalaram, das pessoas que conheci, de quem está perto, de quem está longe, de quem partiu e de quem me deixou.

Cheguei em casa às 20h25, quando já estava quase anoitecendo e vi que meu domingo estava praticamente acabado. Constatei, por fim, que aproveitar as coisas boas oferecidas pela vida valem muito mais a pena do que longas horas de fim de semana twittando ou mesmo curtindo conteúdos no facebook. É necessário um momento seu.

Desconecte-se!

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